terça-feira, novembro 02, 2010

Eixo VII



Através do Eixo VII tivemos a oportunidade de trabalhar com a interdisciplina Educação de Jovens e Adultos e ter um novo olhar sobre o assunto, algo que me fascinou e deixou muito realizada quanto professora e aluna. Isso porque, a escola regular ainda hoje, é organizada apenas para o convencional, não é levado em conta às especificidades de cada aluno e a grande diversidade cultural, assim como as carências e realidades tão distintas. Este aspecto se acentua mais ainda na Educação de Jovens e adultos (EJA), pois esta é uma modalidade que necessita de um olhar mais atento para descobrir como resgatar a atenção, a auto estima e a curiosidade deste aluno que na maioria das vezes se mostra com poucas expectativas e pouco crente em seu potencial.
A aprendizagem na EJA, assim como no Ensino regular, necessita de planejamento específico, pois mesmo sem ser alfabetizado, este aluno será letrado em vários aspectos, até porque teve que buscar outras formas de conhecimentos para suprir a falta de aprendizagem escolar. Fato este que muitas vezes fez com que ficasse excluído de grupos; até mesmo do ambiente escolar do qual deveria fazer parte. E isto ocorre por muitos motivos, dentre eles a necessidade de trabalhar para auxiliar a família nas despesas, ou a presença de dificuldades cognitivas, ou ainda, aquele que apresenta grandes problemas de indisciplina
O aluno da EJA em sua maioria, já tem muitas obrigações e geralmente vem para escola depois de um dia exaustivo de trabalho. Por estes e tantos outros motivos, espera da escola uma aprendizagem mais atraente e dinâmica. Tem que haver uma desestabilização do que o aluno já sabe, e nós, professores, temos que avaliar todas as possibilidades criadas pelos alunos; pois estas surgirão de acordo com os seus interesses.E, esses interesses serão os mais variados possíveis. Lamento ter tido todo este conhecimento apenas depois de sair da EJA, mas fico feliz por saber que muitos de meus pensamentos em relação á esta educação estavam certos e que agora quando surgir uma outra aprendizagem, poderei utilizar tudo que aprendemos neste eixo.
Também realizamos no Seminário Integrador a análise dos Blogs dos colegas e lembrei com saudades de quando recebíamos visitas sem ser as dos tutores e professores. Que pena que hoje em dia não temos mais este tempo disponível com esta correria de TCC, adorava quando deixavam recados questionando as minhas colocações ou fazendo outras em relação ao que eu me manifestava. Afinal acredito que esta seja uma das funções do Blog, comunicação.
Na discipliona de Libras, tive a oportunidade de conhecer um pouco da história da comunidade surda no Rio Grande do Sul, assim como as necessidades e o modo de comunicação entre eles. É muito interessante a forma como desenvolveram a língua de sinais e a variada significação que um símbolo pode ter.
A tecnologia para os surdos também foi algo muito importante e facilitador, o que até então eu desconhecia. Este fato para eles teve importância por tornar mais fácil,muitas tarefas do dia a dia que antes eram praticamente impossíveis, como falar ao telefone. Nunca tive a presença de nenhum aluno surdo em minha aula, nem tive a oportunidade de trabalhar com um aluno portador desta necessidade neste eixo, mas as experiências trazidas pela professora e o contato mais direto com este ambiente através da intérprete e dos objetos trazidos pela professora, me deu um maior conhecimento sobre o assunto.
Em Didática,Planejamento e educação aprendemos um pouco mais sobre as teorias educacionais, o processo que deve ser respeitado para elaboração de um bom planejamento, avaliação, organização de materiais didáticos e avaliação de todos estes processos, juntamente com a avaliação de nossos alunos e de nossa prática docente; o que me possibilitou fazer uma avaliação mais coerente e centrada na minha prática docente. Tive a oportunidade de me avaliar, e avaliar a minha prática em relação ás necessidades de meus alunos assim como pude elaborar melhor os materiais didáticos utilizados não só na minha sala de aula, mas como em toda minha escola.
Em Linguagem e Educação, pudemos compreender o processo de aquisição da linguagem tanto oral quanto escrita e como se dá este processo. Assim como, descobrir as variadas formas de letramento e significações que uma pessoa pode desenvolver. Esta interdisciplina foi muito marcante para minha aprendizagem como aluna e me instigou a procurar mais sobre este assunto e até encorajou-me a assumir uma turma de alfabetização para por em prática o que havíamos trabalhado, assim como para suprir as dúvidas que surgiram durante este eixo em relação á este assunto.
Todo este interesse me deixou apaixonada pela assunto e curiosa em saber como a criança adquiria a escrita. Assim, escolhi como Arquitetura para minha prática de estágio curricular a questão:
Como a escrita foi inventada?
Hoje, escrevo meu TCC pensando O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA ESCRITA POR CRIANÇAS NÃO ALFABETIZADAS E SUAS SEMELHANÇAS COM A AQUISIÇÃO DA ESCRITA PELA HUMANIDADE.
Então, este eixo foi muito marcante, decisivo e especial para minha formação acadêmica.


Um comentário:

Colégio Érico Veríssimo disse...

Oi Cris!

Trouxeste muito bem as tuas aprendizagens com as inters desenvolvidas neste eixo, porém, precisa relacioná-las com tua prática docente. Assim: a partir das tuas construções, houve mudanças significativas que percebeste na tua prática pedagógica?

Grande abraço,
Vanessa