sexta-feira, abril 30, 2010

Pensando bem...

Esta semana, percebi que meus alunos já sabem diferenciar os sinais gráficos de desenhos.
Eles pensam, folheiam as páginas dos livros e gastam segundos para escreverem seus nomes e dos seus colegas. Adoram brincar com os alfabetos móveis, formandos os nomes dos alunos que compõe o grupo; assim como palavras que descobrimos em nossas aulas.
Casualmente nesta semana, uma mãe questionou-me em relação a alfabetização precoce; uma vez que agora as crianças ingressam aos 6 anos.
Acredito que na verdade não há problemas nem méritos. Pois o que entendo que aconteça apenas seja um maior interesse dos alunos pelo mundo das letras quando estes, tem contato desde cedo com os recursos ligados às diferentes formas de expressão. Claro que isto independe da escola, apenas, pois desde o nascimento do bebê, continuando em todo seu desenvolvimento são desenvolvidas múltiplas e diferentes linguagens. A criança vai descobrindo o mundo e interessando-se pela escrita.
Nunca imaginei que me apaixonaria pela alfabetização como vem ocorrendo. Estou tentando cuidar para não atropelar esta construção com tamanha ansiedade. Mesmo sabendo, é importante destacarmos sempre que cada e toda criança tem seu desenvolvimento motor e psicológico e muito menos no interesse e sentido da aprendizagem.
Tenho tentado dirigir minhas aulas captando sempre se estão ou não preparados para trabalhar tal assunto; assim como aconteceu com o interesse deles pelo alfabeto e a história da escrita.
Creio que nesta semana alcancei meu objetivo maior, pois para meus alunos o alfabeto já tem sentido, já diz alguma coisa.
Percebi que eles já compreendem que existe um alfabeto, um código e que necessitam deste para participar de um veículo de comunicação impressionante que é a escrita.
A maioria do meus alunos estão no nível pré silábico, pois elaboram diferentes hipóteses sobre o funcionamento da escrita. Já pensam com quantas letras se escreve uma palavra, quais são elas e em que ordem aparecem.
Para escreverem já sabem que é preciso uma quantidade de letras no mínimo três. Diferentes entre si, a hipótese sendo assim é pré silábica. Poucos são silábicos.
Alguns alunos faltaram esta semana por causa da vacina.

segunda-feira, abril 19, 2010





A história da escrita

Esta foi à questão da minha arquitetura. Questão, pois escolhi trabalhar com estudo de caso ou resolução de problemas.
Ao iniciar as aulas, percebi em meus alunos uma grande curiosidade em saber mais sobre as letras. Queriam saber se cada país tinha um alfabeto, se na china era igual o diferente do nosso...
Aí foi fácil chegar à questão:

Como a escrita foi inventada?

A escrita nem sempre existiu. Ela foi inventada na Suméria um país que existia onde hoje estão o Irã e Iraque. Claro, isso foi á muito tempo, há cerca de cinco mil anos.
Os povos da pré história não tinham nenhuma escrita alfabética, mas tinham várias formas de registrar, comunicar e conhecer através de gestos, sinais, marcas e desenhos. Porém ainda não era um tipo de escrita, pois não havia organização, nem mesmo padronização das representações gráficas.
De forma semelhante, os alunos, quando iniciados no processo de alfabetização, também passam pos este processo de descobertas. Por isto, nada mais estimulante e significativo do que trabalhar as duas coisas simultaneamente.
Esta semana embarcamos em uma viagem fascinante; uma viagem ao tempo da pré história.
A turma ficou muito animada desde a primeira conversa. Participaram de tudo com muita alegria e contribuições riquíssimas. Confesso que até me surpreendi com as colocações.
Acredito que neste primeiro momento meu objetivo foi alcançado, uma vez que compreenderam que a escrita é um código que foi criado pelo homem, para melhor se comunicar e conseguiram estabelecer uma relação entre o ontem e o hoje.
Sentiram-se muito alegres quando foram ao saguão da escola para colarem seus trabalhos para apreciação dos mesmos.
Que ótima sensação chegar ao final da semana e ter vontade de continuar o trabalho, de ter tanta coisa bacana acontecendo, tanta construção de conhecimento interligado.
Comentei com eles que guardaremos os trabalhos com muito cuidado para montarmos um Portfólio, como se fosse um álbum onde ficariam registradas as suas descobertas e aprendizagens e depois, teríamos uma exposição com tudo que foi feito e neste dia, a entrega dos Portfólios.
O mais interessante disso que está acontecendo é que trabalhando assim, a arquitetura torna-se aberta ás explorações e interações de todos. E ao invés de buscarmos aenas buscarmos uma simples resposta, impulsionamos nosso trabalho para novas descobertas, novas construções. Onde uma resposta nos leva á um novo questionamento e assim por diante.
É ou não é uma viagem fescinante?




Olá pessoal! Acho que sempre começo assim, mas fazer o que? É assim que me sinto à vontade, é assim que sempre penso em iniciar. Poderia ser diferente, mas...
Hoje enquanto pensava sobre o que escreveria, não conseguia parar de pensar apenas no que estava me angustiando, me atormentando, me prejudicando nesta etapa nova.
Percebi que sou brasileira mesmo e que as dificuldades infelizmente são maiores do que as conquistas, as vitórias, e sempre chegam em um momento que não deveriam mas...
Estou em uma situação difícil e por incrível que pareça passando por algo que minha arquitetura aborda.
A necessidade de comunicação!
Claro que sei que as situações são diferentes, mas a angústia deve ser a mesma. Que dificuldade querer se comunicar, falar, explicar e, não ter como.
Calmem, não estou ficando maluca não. Em plena era da tecnologia dizer que não se tem comunicação parece piada, mas estamos também na era do dinheiro, é ele que norteia tudo, que comanda assim como a comunicação e na falta deste a comunicação também esta ficando comprometida; e como.
Até comentei com uma amiga, se pudesse apenas escrever, nossa! Minha mente borbulha, ferve com tantas idéias tantas coisas que adoraria colocar publicada em dia! Mas falta pagamento do Tesouro do Estado, e então falta Internet, aí tem o Pólo, mas falta passagem, etc...
Mas vamos ao que interessa, pois não é a toa que passo os dias escrevendo neste meu computador que está em falta de Internet, mas não de teclado, então vou colocando tudo aqui e depois, salvo e publico, para lerem, criticarem, elogiarem, se apavorarem e até pensarem :
Meu Deus, surtou de vez! Pode até ser, mas é isso aí, ta achando que é moleza? Não é não. Felizmente é UFRGS, e não é a toa que tem o reconhecimento que tem.
... Eu sei que a vida podia ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu lhe diga:
É bonita, é bonita e é bonita!

quarta-feira, abril 07, 2010

Construção ou desconstrução?

Hoje finalmente acabou o período de capacitação Inicial para o Programa Acelera Brasil da Instituição Ayrton Senna que eu estava participando na 28 CRE em Gravataí.
Por este motivo, estava fora da sala de aula, totalmente sem contato com meus alunos do primeiro ano. Neste período, enquanto planejava percebi mais uma vez, a importância deste processo de trabalho que estamos colocando em prática com as nossas turmas depois do que aprendemos no EAD da UFRGS, e, o seu diferencial em relação aos demais.
Parece que após aprender a trabalhar com arquiteturas, principalmente PAs e questões fica impossível desenvolver qualquer trabalho sem dar a oportunidade de nossos alunos confrontarem suas idéias com as dos colegas, professor,e oferecer e receber informações. Essa troca é algo essencial, que leva o avanço na aprendizagem, contudo que seja bem planejada e aplicada. É essencial conhecer quanto os alunos já sabem sobre o desafio que esta sendo proposto ou que tenha surgido. O sucesso do trabalho depende do que é proposto, do quanto é desafiador, para que a turma use tudo que sabe para sua resolução e busque descobrir o que ainda não sabe ou comprovar aquilo que suspeita.
Esta turma em que estou trabalhando agora, tem grupos muito diferentes, com vivências totalmente opostas e isto, acho eu, está me dando um leque imenso de suposições, aproveitamento, pesquisas, discussões e por sua vez muito prazer em trabalhar. Claro que sendo assim, um grupo tão hetereogêneo, minhas intervençoes tem que ser mediadoras, mais cuidadosas e sempre na busca em estabelecer novas relações, afinal, mais do que identificar os problemas e soluções que estão aparecendo em nosso trabalho na escrita, quero conhecer as diversas maneiras de lidar com eles, sendo um deles desenvolvermos a pesquisa em relação a história da escrita.
Tentei e estou tentando fazer uma realção direta entre as estratégias escolhidas por mim e o aprendizado real. Para isso, tenho que ter um olhar atento para as mudanças necessárias em meu planejamento, pois dependendo da observação e intervenção que eu realizar, mudará os objetivos da alfabetização que ocorrerá.
Nas escolas geralmente não se trabalha com problemas e isto é uma perda horrível para qualquer criança que chega cheia de curiosidades, de perguntas, que ao longo do tempo vão sendo eliminadas, mas não saciadas. Escolhi as questões por este motivo.Ela proporciona que meus alunos relacionem o que vêem, o que sabem, o que querem saber. Este novo conjunto de situações escolhidas por mim para promover o ensino deve dar uma relativa confiança á eles, uma vez que estaremos trabalhando algo que querem aprender e ao mesmo tempo levam á uma sensação de ruptura, uma vez que colocam a prova as suas certezas e dúvidas. Construindo conhecimento e desconstruindo ou fortalecendo novos conhecimentos.
Até a próxima!

quinta-feira, abril 01, 2010

Alegria!!!



Hoje estou aqui na escola, me preparando para receber os alunos para uma atividade muito especial e parei pensando em como está sendo bom estar passando por este novo desafio. Querendo ou não eu estava muito acomodada na mesma série durante 6 anos. Mudavam as pessoas, mas os conteúdos, as normas, a escola, a direção era sempre a mesma. Os alunos já esperavam chegar na quarta série e encontrar a profesora Cris.
Confesso que tive muito medo destas mudanças, mas que bom que aconteceram! Cresci e muito neste pouco tempo que estou em escola nova, turma nova...
Semana passada comecei a conversar com os alunos sobre a forma diferenciada que iríamos trabalhar. Os alunos são muito receptivos e estão abertos para entrarem comigo neste novo desafio, nesta nova etapa. Então, convido a todos que me acompanham a fazerem parte desta nova viagem. Espero eu, rumo ao sucesso!